
Por Lívia Monteiro
No dia 30 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) decretou o bloqueio da rede social X (antigo Twitter) em todo o território nacional. Dentre as medidas tomada pelo ministro Alexandre de Moraes está também a aplicação de multa diária de R$ 50 mil para quem burlar a ordem e continuar acessando a rede social por meio da VPN (sigla do inglês para Rede Privada Virtual).
A VPN é uma tecnologia que cria uma rede privada sobre uma rede pública (como a internet), estabelecendo uma conexão segura e criptografada entre o dispositivo e o servidor privado. Ela pode ser de uso doméstico ou corporativo para aumentar a segurança contra interceptação e acesso não autorizado de dados, controlar o alcance remoto a conteúdo específicos e até driblar páginas e conteúdos geograficamente limitados.
Cada dispositivo conectado a um provedor de internet possui um IP (protocolo de rede) exclusivo, semelhante a uma identidade virtual, sendo utilizado para reter informações e promover diagnósticos. Segundo o coordenador do curso de Sistemas da Informação do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Juazeiro do Norte, Alday Pinheiro, a VPN separa o fluxo de tráfego de rede, tornando o compartilhamento de dados mais seguro por meio da criptografia. “A VPN cria uma sub-rede dentro da estrutura normal que já existe, ou seja, uma área exclusiva para se transitar os dados”, afirma.
Essa configuração privativa é capaz de ocultar o endereço do dispositivo conectado à rede, criando uma espécie de rota alternativa. Acessar a VPN é fácil e comum, estando presente em alguns jogos on-line, sites de streaming ou para proteção de dados em redes públicas (shopping, ônibus, faculdades). Isso não significa que o usuário esteja, necessariamente, cometendo um ato ilegal.
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