
Por Luciana Marques
Apesar dos avanços no desenvolvimento de mecanismos jurídicos e políticas públicas voltadas à proteção das mulheres, como a Lei Maria da Penha, os índices de agressões físicas, psicológicas, verbais, patrimoniais e sexuais permanecem alarmantes. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), apontou aumentos significativos nos registros de violência doméstica, como agressões (9,8%), ameaças (16,5%), perseguição (34,5%), violência psicológica (33,8%) e estupro (6,5%).
Especialistas sugerem que, apesar das leis, a perpetuação de uma cultura de violência e o machismo estrutural no Brasil alimentam a violência contra as mulheres. Muitas vezes, frases como “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher” ou “homem não consegue se controlar” reforçam a ideia de que essa atitude é permitida.
Com o intuito de conscientizar seus alunos e funcionários sobre o combate à violência contra as mulheres, o UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Salvador promoveu a ação FloreSER. No dia 13 de novembro, um apitaço foi realizado e um vídeo da Dra. Iracema Silva, delegada aposentada e atual diretora do Núcleo de Enfrentamento e Prevenção ao Feminicídio (NEF), foi transmitido. Ela destacou a necessidade de educar não só as mulheres, mas também os homens, para compreenderem que a mudança no comportamento está em suas mãos.
A ação foi organizada pela coordenadora do curso de Direito da UNINASSAU Salvador, Andrea Brito. A docente mobilizou toda a Instituição. "Trata-se de um tema que requer visibilidade e atenção de toda a comunidade, principalmente a acadêmica, no sentido de conscientizar a respeito da escala da violência contra a mulher no nosso país".
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