Parece surreal que, depois de dois anos de uma das maiores crises que o mundo já enfrentou, ainda estejamos discutindo temas tão básicos quanto a necessidade da vacinação. Já foi exposto de diversas formas a importância de imunizar a população: os benefícios são sanitários, sociais e econômicos. Apesar de ainda haver uma parcela de pessoas que insiste em descredibilizar as vacinas, até o momento, elas se mostraram o melhor e mais eficaz controle para a pandemia e, consequentemente, a forma correta de viabilizar a tão sonhada retomada econômica plena.
Não à toa, com o avanço da vacinação pelo país e pelo mundo, as curvas de contaminação e mortes vêm caindo e se mantendo em patamares baixos. Apesar do surgimento da variante ômicron, mais transmissível, os óbitos não têm subido tanto. Podemos creditar parte desse controle às vacinas, que ajudam a evitar a piora de sintomas, além de internações e mortes. Não se pode negar o papel primordial dos imunizantes aqui. Imaginemos uma situação tão terrível quanto esta pandemia, sem vacinas. O resultado seria um saldo de mortes muito maior, devastador, além de efeitos catastróficos sobre a economia também.
É preciso ter em mente que apenas a imunização é o método eficaz e duradouro para que possamos retomar as atividades econômicas de forma normal, a níveis pré-pandêmicos. Há quem defenda a imunidade natural, adquirida por quem é infectado pelo vírus, mas esta ainda é bem menor do que a vacinal. Não há para onde correr. Se queremos nossos empreendimentos funcionando a pleno vapor novamente, precisamos defender a vacinação em massa, para todos. Já tivemos prejuízos demais para continuarmos em um debate cansativo e superado.
Também é necessário pensar nas crianças e nos adolescentes e jovens. As aulas estão retornando gradativamente, mas, quanto mais rápido essa parcela da população for imunizada, mais poderão retornar às aulas de forma normal e seguir os estudos. Os efeitos da pandemia sobre o sistema de ensino já são enormes, não se pode agravá-los. Correr com a vacinação significa também oferecer aos mais novos a possibilidade de manter os estudos com qualidade e segurança.
A verdade é só uma: sem a população toda vacinada, demoraremos a retomar a vida “normal”. Não queremos deixar máscaras, distanciamento e álcool em gel para trás? Para isso, é preciso que todos se protejam mutuamente. O que necessitamos é de um pacto coletivo, em que a consciência de cada um seja direcionada para o bem comum. Só assim venceremos.
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