Por: Renato Araújo
A UNINASSAU Campina Grande trouxe à tona, durante a programação da Jornada de Psicanálise, na última sexta-feira (24), reflexões sobre o Transtorno Afetivo Bipolar. Estudantes e profissionais da Psicologia tiveram a oportunidade de acompanhar uma explanação sobre o tema com um especialista na área, o Psiquiatra, mestre em Saúde Pública e docente da unidade Ben Sirak.
Trazendo fatos que aconteceram com pacientes que já atendeu, Ben Sirak pontuou que o afeto é a expressão externa do humor, e que a bipolaridade se manifesta em graus diferentes nas pessoas. “O paciente pode fazer uma curva (de mudança de humor) para cima, por meio de uma determinada mania, e pode fazer uma curva para baixo e entrar na depressão”, explicou.
O especialista destacou que a depressão, que é uma das consequências do transtorno bipolar, se desencadeia no paciente de forma particular. “A depressão que vai se apresentar no transtorno afetivo bipolar é diferente que vai se apresentar em um transtorno depressivo maior”, pontuou.
“Isso me ajuda a entender melhor o meu paciente. Um paciente bipolar passa muito tempo, mas muito tempo, na depressão. Ele pode apresentar uma fase de manias, que é muito rápida, mas às vezes pode apresentar uma fase de hipomania (mania exagerada), que na visão da pessoa pode aparentar ser algo normal, mas quem está mais próximo percebe que não é”, complementou.
Ainda em sua explanação, o psiquiatra diferenciou o entendimento sobre “mania”, que a maioria das pessoas que não são da área da Psicanálise, tem sobre a expressão. “A mania, na visão de um leigo, é um ato ou comportamento repetido inúmeras vezes. Já para nós, profissionais da área, não tem nada a ver com repetição. Mania é um quadro que faz parte do transtorno afetivo bipolar no qual o humor do paciente se apresenta de forma expandida.”, afirmou.
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