Por Lívia Monteiro
Nesta quinta-feira (23), a UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Juazeiro do Norte, por meio do curso de Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, realizou o primeiro UNINASSAU SOCIAL. Voltado para conscientizar a população acerca da violência doméstica e familiar, essa é mais uma ação do programa de Responsabilidade Social, promovida pelo grupo Ser Educacional, que busca contemplar atividades afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos.
Apelidada de UNINASSAU SOCIAL, a iniciativa, elaborada em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho, contou com a presença da Escola Estadual de Educação Profissional Professor Moreira de Sousa e de colaboradores da Instituição de Ensino Superior. Durante a palestra, a advogada, especialista em Direito da Família e representante do Centro de Referência da Mulher, Gabriela Clemente, apresentou informações jurídicas sobre a Lei Maria da Penha, além de ter orientado a identificar relacionamentos abusivos e ter listado os órgãos públicos de proteção à mulher na Região Metropolitana do Cariri.
Em um segundo momento, a psicóloga do “Projeto das Marias - Pela Paz, Pela Vida”, Raflésia Araújo, demonstrou como o aspecto sociocultural influencia no comportamento do agressor, a importância da desconstrução do machismo pela sociedade e a necessidade das redes de apoio e acolhimento à família de vítimas da violência de gênero. Já a segunda noite da UNINASSAU SOCIAL, contou com a presença da psicanalista Macedônia Bezerra Félix, que relatou alguns casos presenciados ao longo da sua carreira e a importância de espaços seguros para acolhimento às vítimas, como a Casa da Mulher Cearense.
Segundo apuração da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), entre 2018 e 2023, a Região do Cariri registrou três dentre dez municípios com maior número de feminicídio do Estado do Ceará. Paula Dias Sampaio, coordenadora do curso de Terapia Ocupacional da UNINASSAU e organizadora da ação, assuntos que causam incômodo na sociedade, como a violência doméstica e familiar, necessitam ser dialogados constantemente, a fim de conscientizar a população e evitar crimes como o feminicídio.
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