
Esta segunda-feira, 18 de maio, é marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Há 20 anos a data foi criada para unir diferentes órgãos e organizações com o objetivo de mudar o cenário do país e evitar o aumento dos casos de violência.
A advogada e professora da Faculdade UNINASSAU Petrolina, Ariana Andrade, pontua que “80% das violações acontecem dentro do lar ou em um ambiente conhecido pela criança e, em sua maioria, por pai, irmãos, tios, primos ou padrastos. Ou seja, adultos de sua confiança, e isso é muito triste. A sociedade acaba normalizando, ou seja, sabe, mas não denuncia, e temos que denunciar”, frisa.
A fala de Ariana é baseada no que diz o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, do Governo Federal, que aponta que, em 2019, os casos denunciados foram praticados por padrasto ou madrasta (39,46%), pelo pai (18,45%) ou pela avó da vítima (3,43%). Ainda de acordo com o levantamento, as vítimas têm, em sua maioria, de 4 a 11 anos (42,07%)
O psicólogo e professor da UNINASSAU Petrolina, Misael Neto, alerta que “a violação dos direitos sexuais, seja o abuso, a exploração do corpo ou da própria sexualidade da criança ou adolescente, envolve tanto meninos como meninas. A prática nos mostra que o abuso é mais frequente em meninas, mas também acontece em meninos”, ressalta.
Misael ainda acrescenta que se a pessoa “percebeu alguma violência sexual, é preciso acionar órgãos que nos ajudam e nos mostram caminhos, em especial, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que lida diretamente com violência”, afirma.
Outros meios de denúncia são o Ministério Público, Conselho Tutelar, o Disque 100 (número universal para o registro de denúncias de violência sexual), Polícia Militar ou qualquer outro órgão de segurança pública.
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