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Testes laboratoriais põem em risco a vida de animais cobaias

Experimentos científicos realizados podem causar danos irreparáveis e até mesmo levar a morte
Assessoria de Comunicação Por: 16/06/2022 - 15:31
por Matheus Felix
 
Em meados dos anos 300 a.C., os pesquisadores gregos Aristóteles e Erasístrato deram início ao método de experimentação animal. Desde então, esta prática se tornou comum a fim de realizar testes estéticos em diferentes tipos de animais. A experimentação serve para confirmar a segurança das substâncias contidas nos produtos. Dentre as consequências, estão a dor, cegueira, convulsão, queimaduras, hemorragias e, principalmente, a morte do animal. A pauta acendeu um alerta mundial para as práticas que, muitas das vezes, são comparadas às realizadas em seções e tortura. 
 
A partir de 2012, instituições nacionais iniciaram diversas ações de represálias às práticas. No mesmo ano, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil instituiu a Rede Nacional de Métodos Alternativos ao Uso de Animais (Renama) – importante aliada no combate à utilização de animais como cobaias de laboratórios. Por outro lado, existem comitês de ética que regulam este tipo de teste, ligados ao Ministério da Saúde. Apesar da diminuição no número de testagem animal, atualmente, a prática ainda é bastante recorrente. 
 
De acordo com os dados apresentados pela marca de cosméticos “Om the Skin”, por dia, cerca de 500 mil animais são utilizados em testes laboratoriais. “Vivemos num mundo globalizado, no qual uma infinidade de possibilidades alternativas para testagem está ao nosso alcance. Já existem células e tecidos artificiais de testagem in vitro, como é o caso da pele humana 3D e de córneas humanas reconstruídas dos doadores. Falta interesse por parte de muitas empresas para investir nesse segmento, e, assim, continuar substituindo o uso de animais”, enfatiza o docente dos cursos de Biomedicina e Estética e Cosmética do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, Antônio Sérgio Júnior.
 
Entre os principais tipos de teste estão o de irritação ocular, irritação cutânea, fototoxidade (pele do animal exposta aos raios ultravioletas) e toxidade (ingestão de produtos tóxicos). O coordenador de Medicina Veterinária do UNINASSAU Recife, Diogo Silva, ressalta que o método gera consequências que comprometem a vida da grande maioria dos animais expostos aos testes. “Geralmente são utilizados coelhos, camundongos e macacos. São procedimentos, literalmente, desumanos. Quando não permanecem com lesões irreparáveis, muitos desses animais utilizados como cobaia sofrem eutanásia ou são mortos no ato do procedimento de testagem”, finaliza o docente.

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