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Sustentabilidade emocional e o Covid-19

Por Luiz Otavio Cavalcanti - Advogado, pós-graduado em Metodologia do Ensino, ex-secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de Pernambuco e professor dos cursos de Administração e Direito da UNINASSAU, campus Caxangá
Assessoria de Comunicação Por: 31/08/2020 - 15:28
Saúde mental
Semana iniciada em 18 de agosto. A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, campus Caxangá faz reunião de integração com alunos. No caso da área de gestão, o prof. Kevin Corcino sugere abordar o tema da sustentabilidade.
 
Como sabemos, sustentabilidade é noção moderna na economia. Surgiu no século passado, aí pelos anos 70, 80. Na onda em que a mensuração do crescimento econômico foi adotando critérios qualitativos. Em que o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, incorporando o social, se sobrepõe ao conceito de Produto Interno Bruto – PIB, meramente quantitativo, de produção física.
 
Pois bem. A paisagem científica contempla o sol contemporâneo da sustentabilidade. E a decompõe em três dimensões: sustentabilidade econômica, sustentabilidade social e sustentabilidade ambiental.
 
No espaço social, a sustentabilidade argui o nível de criação de emprego, de geração de renda. No campo econômico, a sustentabilidade busca assegurar o retorno do investimento. Empresa só investe quando certifica viabilidade de lucro. E na esfera ambiental, a sustentabilidade procura enfrentar descarbonização do ar, aquecimento do clima, desmatamento. Enfim, garantir as condições de continuidade da vida no planeta.
 
A temática foi aceita inclusive no meio corporativo. Nos centros produtivos mais avançados. Onde as corporações passaram a reconhecer os danos provocados pela poluição sobre a saúde das pessoas. E suas consequências fiscais sobre orçamentos públicos.
 
Durante o debate que nos reuniu, na noite do dia 18, fui elaborando argumentos para compartilhar com colegas e estudantes. A certa altura, sob a espessa nuvem do coronavírus, me veio à mente a noção de sustentabilidade emocional.
 
O que é sustentabilidade emocional?
 
Estamos todos sitiados pela doença virótica. Isolados, na medida da necessidade e responsabilidade de cada um. Completam-se quatro meses de uma conjuntura adversa. Tensa. Na qual famílias são atingidas em
 
seus entes queridos. E em que nós nos sentimos amputados física e emocionalmente. Na esgarçada plenitude de nosso sentir. E de nosso fazeres.
 
Nesse contexto psicossocial, somos atingidos por falta de sustentabilidade emocional. Estamos fragilizados psicologicamente. E, em tal situação, corremos um risco: não fazer a entrega plena dos produtos a que estamos profissional e socialmente obrigados. Ou seja, perdemos desempenho de sustentabilidade emocional na temporada virótica.
 
Resta-nos assumir duas medidas: buscar relaxamento na leitura, na música, em filmes, na Fórmula 1, na Champions League. E, na consciência de nossos limites, ser resilientes. Serenos. Confiantes.

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