por Vinícius Oliveira Rocha
Com o Carnaval se aproximando, muitos não veem a hora de aproveitarem cada dia de um dos mais importantes feriados prolongados do país. Mas, mesmo com toda a diversão que as festividades desse período prometem, é importante não esquecer dos cuidados com a saúde, inclusive a bucal.
Segundo Mairaira Leão, professora do curso de Odontologia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Aracaju, alguns dos problemas relacionados à saúde bucal que os foliões enfrentam nesse período são a fratura dos dentes e a pulpite, dor de dente por contaminação de um canal. Além disso, a professora alerta para os perigos de contágio pelo vírus da Covid-19, que ainda não foi erradicado. "Como se tem conhecimento, a forma de contágio do coronavírus se dá pelas vias aéreas superiores, ou seja, nariz e boca. Assim, no período carnavalesco se dissemina ainda mais o vírus por maior aglomeração de pessoas e, consequentemente, maior contato físico", explica ela.
Outro problema comum nesse período está ligado ao consumo excessivo de álcool e bebidas com muito açúcar, como refrigerantes. Mairaira explica que, por conta do excesso, os ácidos corroem a camada mais dura e externa dos dentes, causando erosão do esmalte e sensibilidade. "O álcool acaba desidratando e a boca precisa de saliva para lubrificação de tecidos moles, como língua, gengiva e bochecha. Bebendo álcool em excesso a boca fica seca, o que pode lesionar esses tecidos".
Como evitar tais problemas e preservar a saúde da nossa boca? Para a professora, os cuidados devem ser adotados desde cedo e mantidos numa rotina, incluindo uma dieta balanceada, rica em fibras e com poucos carboidratos e açúcares, higiene com o uso do fio dental e escovação regradas, além da abolição de hábitos de fumo e, em pacientes diabéticos, monitoramento da glicemia. "Se uma pessoa ingere muito açúcar e carboidratos e não tem o hábito de higiene bucal adequado, tende a ter mais problemas bucais do que uma com alimentação balanceada e hábitos de higiene diária, inclusive de ir ao dentista. É claro que a agressividade de cada bactéria influencia, mas os fatores anteriormente citados podem agravar ou não o quadro", explica.
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