Vários estados brasileiros estão retomando as atividades de forma gradual, de acordo com o cenário pandêmico das regiões. A volta à rotina social e profissional fora de casa tem gerado medo e ansiedade em muitas pessoas e sair de casa torna-se algo difícil. A psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade UNINASSAU Petrolina, Samara Oliveira, orienta como lidar com essas emoções.
A pandemia impôs um “novo normal” e mudanças tiveram que ser implementadas, gerando grandes impactos emocionais. “Quando passamos por situações como essas, é comum o surgimento de sentimentos e emoções como medo, preocupação e ansiedade. Para lidar com essas emoções, muitos ajustaram suas rotinas e inseriram elementos que pudessem trazer segurança, retomando a um estado de equilíbrio psicológico. Retomar significa uma nova mudança, influenciando o equilíbrio emocional e, assim, voltando medos e ansiedade”, explica a psicóloga.
Samara destaca que a forma mais assertiva de lidar com o medo é enfrentando. “Nesse processo, é importante buscar fontes de informações confiáveis e seguir as recomendações dos órgãos de saúde, ter uma comunicação franca com gestores para que possam auxiliar nesse processo de transição, praticar o ‘cuidado ativo’ – cuidar de si, do outro e deixar ser cuidado –, racionalizar o medo e identificar os medos reais e aqueles que estão intensificados”, pontua.
Durante o isolamento social, notou-se o aumento de casos de ansiedade em um país que já era considerado o mais ansioso do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). “São mais de 18 milhões de brasileiros com ansiedade e o início da quarentena, desse processo de isolamento em um cenário não controlável, preocupou os profissionais e órgãos de saúde mental sobre as consequências”, conta Samara.
A psicóloga destaca que a ansiedade é uma reação natural do corpo a situações que são percebidas como de perigo. “É preciso ficar atento quando essa ansiedade apresenta intensidade alta, mas sem aparente causa, trazendo prejuízo em alguma dimensão da vida”, afirma.
Algumas ações podem ajudar a gerenciar a ansiedade, e vão desde cuidados com alimentação e com o sono, até tratamento medicamentoso e atendimento psicológico.
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