
Por Vinícius Oliveira
O direito à mobilidade e ao lazer ainda é bastante restrito aos 17,3 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência no Brasil. Embora leis contemplem suas necessidades e os direitos (como o Estatuto da Pessoa com Deficiência), ainda faltam mais opções acessíveis de lazer a essas pessoas.
Apesar disso, diversas iniciativas vêm sendo feitas para atender esse público e proporcionar momentos de lazer. Uma delas é o Projeto Bike sem Barreiras, organizado pelo grupo Ser Educacional em diversas cidades do país. Nele, bicicletas adaptadas são disponibilizadas para pessoas com deficiência visual, física, mental, múltipla ou com mobilidade reduzida.
Em Aracaju, o projeto teve início em setembro de 2022, sendo organizado pelo UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Aracaju. São três bikes adaptadas para as pessoas com deficiência, conforme explica o professor Kleilson Albuquerque, coordenador do curso de Educação Física da instituição e um dos responsáveis pelo projeto. Segundo ele, o objetivo principal do Bike sem Barreiras é oportunizar às pessoas com deficiência condições e opções de lazer, superando obstáculos e dificuldades impostos a elas para que desfrutem do dia a dia como cidadãos plenos.
Após um breve recesso de fim de ano, o projeto volta a ser realizado todos os sábados, das 8 às 12h, na Orla de Atalaia, atrás do posto dos bombeiros e próximo à passarela do Caranguejo. Para Kleilson, a realização dessa ação constitui um impacto positivo para seu público-alvo. "A gente entende que as pessoas com deficiência já são muito privadas de certas coisas no seu dia a dia, até por questões de acessibilidade. Então quando a gente disponibiliza esse projeto, é porque entende que não vai apenas proporcionar lazer a essas pessoas, mas que elas irão melhorar dentro de suas limitações, desfrutando de algo que vai trazer enormes benefícios à sua saúde de uma forma geral".
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