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Número de engenheiras cresce 42% no Brasil

Projeto universitário desmistifica a profissão e incentiva o crescimento de engenheiras no mercado  
Assessoria de Comunicação Por: Gabriella Moura 29/06/2020 - 18:02 - Atualizado em: 30/06/2020 - 18:17
As áreas de atuação são diversas: civil, química, elétrica, florestal, mecatrônica, produção, mecânica, aeronáutica, agronômica, naval, ambiental, entre outras. E não é mais estranho encontrar uma mulher nesses locais. De acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), entre os anos de 2016 e 2018, o número de engenheiras registradas cresceu 42%.
 
Em Petrolina, a Faculdade UNINASSAU visa desmistificar estereótipos com o Projeto Mulheres Engenheiras do Vale, que acontece desde 2018. “Hoje não existe mais essa ideia de profissão para mulher ou para homem. Esse projeto, que acontece semestralmente, vem para colocar a mulher engenheira em destaque e mostrar para sociedade que ter mulheres na engenharia é uma realidade que só tende a crescer”, pontua o coordenador do curso de Engenharia da Instituição, Nielton Araújo.
 
O coordenador pontua que o número de mulheres na Instituição ainda é baixo, com apenas 12%, mas vem aumentando ao longo dos anos. Talia Nogueira, estudante do 5º período de Engenharia Civil, faz parte desse percentual crescente de mulheres que desejam ser engenheiras. “Enxergamos um avanço em um ambiente que antes era visto apenas como masculino, mas ainda há preconceitos, seja nas obras ou até em nossos lares. Mas estamos mostrando que a Engenharia também é lugar de mulher”, destaca aluna.
 
Talia expressa sua paixão e orgulho por sua futura profissão. “A atuação na Engenharia Civil é ampla. Posso trabalhar em área pública, privada, posso empreender, prestar consultoria. Ver a construção da base até sua finalização é lindo demais e, mais lindo, é ver mulheres gerenciando esses projetos”.
 
Hoje, a Instituição conta em seu quadro com 30% de professoras engenheiras. Uma delas é a engenheira agrônoma Francimária Rodrigues. A professora faz uma reflexão sobre os desafios e avanços de ser mulher engenheira no Brasil.
 
“O crescimento ainda é bem tímido, reflexo do preconceito com a mulher na área de exatas, mas vemos que a presença feminina tem aumentando nos diferentes campos da Engenharia. Mesmo assim não é fácil, nosso conhecimento é posto à prova quase sempre, também existe a diferença salarial entre homem e mulher, como acontece em outras profissões, mas temos avançado”, frisa Francimária.
 
Mesmo em meio aos desafios da profissão o cenário mostra aumento de estudantes mulheres em cursos de Engenharia, elevação também de engenheiras registradas, a diferença salarial tem reduzido ao longo dos anos, assim como acontece em outras profissões. A primeira engenheira brasileira, Iracema Brasiliense, se formou em 1922, no estado de Minas Gerais, sendo destaque na cartografia mineira e provando o potencial feminino também nas áreas exatas.
 

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