Alunos do curso de Pedagogia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió estão participando de reuniões periódicas para debater o papel do pedagogo na educação especial. As atividades são da Liga Acadêmica em Educação Especial e Inclusiva e têm o objetivo de promover o melhor entendimento do que é educação especial, visto que uma parcela da sociedade é público-alvo dela, como pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e com altas habilidade, por exemplo.
As atividades da liga acadêmica são programadas e acompanhadas pelas docentes Marily Barbosa e Eva Gomes, do curso de Pedagogia. “A maior parte dos pedagogos e dos estudantes de Pedagogia não conseguem entender a multiplicidade dessas pessoas, não sabem lidar com elas, se relacionar, ensinar ou flexibilizar o conteúdo. Então, esse debate auxilia para que a inclusão aconteça de fato, para que todas as pessoas que tenham alguma deficiência consigam adentrar a escola e ter acesso ao conhecimento”, explica Marily.
De acordo com a docente, as grades dos cursos de Pedagogia, de maneira geral, dedicam poucas disciplinas para a educação inclusiva e, por isso, a liga acadêmica é um diferencial fundamental para que os futuros pedagogos possam tirar dúvidas, reforçar conteúdos, estudar produções científicas sobre o tema, organizar eventos e conviver diretamente com o público-alvo desta educação.
“A liga acadêmica é fundamental para complementar essa formação e para ajudar e fomentar no aluno a necessidade da pesquisa. Realizamos reuniões quinzenais, onde fazemos leituras e debatemos artigos científicos. Também pensamos na prática, sobre como podemos incluir, por exemplo, uma pessoa com Síndrome de Down na atividade escolar”, explica Marily, destacando que, em virtude da pandemia, os encontros estão acontecendo de forma remota.
Daize Almeida é aluna do 8º período do curso de Pedagogia e é secretária da liga. De acordo com a estudante, os encontros têm sido proveitosos e com conteúdo amplo sobre a temática. "As professoras à frente da liga são muito competentes e a cada encontro aumenta meu conhecimento, agregando para minha formação em Pedagogia. Com certeza, será de grande relevância para trabalhar com o público-alvo, tendo em vista que todos têm direito a educação, como garante a Constituição brasileira", diz.
Por fim, Marily Barbosa salienta a importância de saber que quando uma pessoa com deficiência entra em uma escola regular é para conseguir acesso ao conhecimento, não para ser socializado, como muitos pensam. “Sendo assim, o futuro pedagogo que está hoje participando da nossa liga acadêmica consegue acesso os conhecimentos que vão favorecer com que aquela pessoa com deficiência aprenda”, conclui a docente.
Comentários