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Insônia pode ter relação com a alimentação?

Coordenadora de Nutrição da UNINASSAU destaca alimentos e hábitos que ajudam e que prejudicam o sono
Assessoria de Comunicação Por: Breno Leal 07/04/2022 - 09:37
A insônia é um distúrbio caracterizado pela incapacidade de conciliar o sono, seja pela dificuldade de começar a dormir ou para manter-se dormindo. Com isso, o indivíduo acorda com a sensação de cansaço. Tendo em vista a importância de uma noite bem dormida, muito se discute sobre alimentos que podem ajudar ou, até mesmo, prejudicar o sono. De acordo com a coordenadora do curso de Nutrição do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió, Cristianni Gusmão, a alimentação tem, sim, influência no sono.
 
Segundo a nutricionista, uma palavra-chave para esse processo é a crononutrição, uma área do conhecimento que estuda o melhor horário para cada tipo de refeição, uma vez que o corpo funciona em ritmos diferentes de manhã, de tarde e de noite. "Somos seres rítmicos, ou seja, temos momentos do dia que é para estarmos atentos e em outros, como a noite, é para estarmos dormindo. Esse ciclo manhã-noite é organizado por hormônios que estão relacionados com a alimentação. Então, em pacientes com queixa de insônia, ansiedade, depressão e até compulsão alimentar nós trabalhamos com a crononutrição", explica a coordenadora.
 
Por outro lado, existe a cronodisrupção, que é quando o ciclo de estado de vigília e estado de sono é quebrado. "E o que causa essa quebra? Dormir tarde, a luz do celular, ter uma alimentação com muito sódio no horário da noite e o alto consumo de lipídios e carboidratos a noite são alguns exemplos de hábitos que vão causar alteração nos hormônios. Essa cronodisrupção vai levar a insônia e até mesmo a outros problemas, como fadiga, aumento de peso, desequilíbrio hormonal, alteração de humor, diabetes, câncer, infertilidade e uma série de problemas", orienta Cristianni Gusmão.
 
Mas, de acordo com a nutricionais, alguns hábitos podem evitar a insônia. "Orientamos que a última refeição do dia seja realizada não muito tarde, até às 19h ou 20h. Também deve ser evitado o consumo em excesso de algumas substâncias, como cafeína, sal e gordura saturada, que é encontrada em alimentos de origem animal, como na carne e no leite. O consumo de fibras é importante e é válido optar por consumir alimentos desnatados. Refeições ricas em açúcar durante a noite causam sono inquieto e não restaurado", afirma a nutricionista.
 
"Existem alimentos que podem ajudar a combater a insônia, desde o café da manhã até o jantar. Falando sobre o horário da noite, deve-se garantir a produção da melatonina, uma proteína relacionada ao processo do sono. Podemos indicar alguns alimentos, como por exemplo lentilha, aveia, amêndoas, semente de girassol, abacaxi, laranja e banana; alguns vegetais ricos em isotiocianato, como couve, repolho e brócolis; e frutas cítricas, que aqui destaco o kiwi. O jantar deve ter um teor menor de gordura saturada e açúcar e deve-se evitar uma alimentação mais salgada a noite. Cafeína só deve ser consumida até 8 horas antes do sono e chás como os de mulungu, melissa e maracujá podem ajudar no processo do sono", finaliza a coordenadora de Nutrição do UNINASSAU Maceió, Cristianni Gusmão.

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