Por Ana Geisa
A violência contra a mulher ultrapassa barreiras culturais e sociais, causando danos físicos, emocionais e psicológicos, muitas vezes, irreparáveis. Em 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, é reforçada a conscientização e as ações de combate a esse problema.
Dados da OMS revelam que, no mundo, uma em cada três mulheres já sofreu violências física ou sexual. No Brasil, uma é vítima de violência doméstica a cada dois minutos, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Os impactos incluem depressão, ansiedade, baixa autoestima e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
De acordo com o coordenador do curso de Psicologia da UNINASSAU João Pessoa, Sócrates Pereira, as marcas vão muito além do corpo. “Muitas mulheres sofrem violência e carregam traumas psicológicos capazes de durarem a vida inteira. O medo, a vergonha e a culpa são sentimentos comuns, geralmente reforçados por estruturas sociais que culpabilizam a vítima, dificultando a busca por ajudas profissional e jurídica”, explica o professor.
Para Sócrates, a assistência psicológica é fundamental no processo de recuperação. “Criar redes de apoio e oferecer atendimento especializado são passos importantes para restaurar a autoestima e promover a saúde mental dessas mulheres. É essencial que o acolhimento seja feito sem julgamentos, garantindo um espaço seguro para elas se expressarem e se fortalecerem”, destaca.
Além do impacto individual, esse problema também afeta a sociedade como um todo, perpetuando ciclos de desigualdade e violência. O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres reforça a importância de unir esforços para prevenir e combater essa realidade, promovendo ações educativas e legislativas capazes de protegê-las e assegurarem seus direitos.
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