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Higiene bucal adequada pode prevenir doenças cardíacas e pulmonares

Odontólogos e pesquisadores afirmam que, até mesmo quadro da Covid-19, pode piorar se não houver limpeza da boca
Assessoria de Comunicação Por: 06/08/2021 - 12:24 - Atualizado em: 06/08/2021 - 12:28
Por Ricardo Mousinho.
 
O Brasil tem mais de 210 milhões de habitantes, sendo que destes, 11% nunca esteve em uma consulta odontológica. Em relação aos brasileiros que já foram ao consultório, apenas 49,4% (78,2 milhões) visitou o dentista nos últimos 12 meses, colocando o Nordeste, de acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 (IBGE), em terceiro lugar dentre as regiões do Brasil que mais se consultam. Em razão destes dados, especialistas alertam para a necessidade de mais acesso ao profissional dentista, visto que a boa higiene bucal previne doenças graves em órgãos vitais. 
 
A pesquisa ainda traz um dado alarmante: quase 9% da população maior de 18 anos (8,1 milhões) já perdeu todos os dentes. Para a professora e coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade UNINASSAU, campus Redenção, Carolina Tavares, essa informação expressa o quanto a população é carente do acesso e das práticas de higiene bucal, o que pode promover outras doenças mais graves no coração e pulmão. "Em nossa boca, há bactérias e outros micro-organismos que, se encontrarem portas de entrada para a corrente sanguínea, podem percorrer todo o corpo. Isto é, estaremos mais propensos a infecções no coração e nos pulmões se tivermos cáries, feridas e gengivite, por exemplo. Dentre as ocorrências mais comuns, temos a endocardite, que é uma infecção das válvulas cardíacas, com bastante bactérias que aderem à parede do coração e destroem as válvulas. Um risco!", explica Carolina. 
 
A Covid-19 também é uma doença que pode ser agravada pelo descaso com a saúde da boca. A professora pontua que há dois detalhes a serem observados nesse cenário: por conta de infecções bucais, o sistema imunológico fica "turbinado", o que, de acordo com infectologistas, prejudica a saúde do pulmão do enfermo pelo coronavírus; além disso, quem tem infecções na boca, acaba aspirando bactérias aos pulmões. "Alguns estudos no exterior têm mostrado o impacto das doenças bucais nos pulmões. Por exemplo, um estudo* realizado por cientistas da Universidade McGill, no Canadá, revelou que pessoas com inflamações na boca têm 8 vezes mais risco de morrer por complicações da Covid e quase 4 vezes mais risco de ser internada na UTI. São informações que ligam o sinal vermelho e cobram ações mais frequentes de promoção de saúde pública", finaliza a professora Carolina Tavares. 
 
Além disso, outras doenças podem ser agravadas pelo descaso com a saúde da boca, como a diabetes; ou no movimento inverso, com estresse causando redução da produção de saliva - essencial pra saúde bucal-, e o bruxismo, provocando desgastes nos dentes, ocasionando infecções. A Clínica-Escola de Saúde da UNINASSAU Redenção realiza atendimentos para comunidade e desempenha o seu papel de Responsabilidade Social. Os interessados devem agendar uma consulta pelo número (86) 3194-1819. 
 
* https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/jcpe.13435 

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