Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), muita gente passou a trabalhar de casa, na modalidade home office. Com a novidade, tudo muda, afinal, o local que costuma ser de descanso, passa a ser o novo local de trabalho. A grande questão é que a maioria das residências não é preparada para atender as necessidades de longos períodos sentado trabalhando em frente ao computador.
De acordo com o coordenador dos cursos de Fisioterapia e Educação Física da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió, Daniel Pestana, o alongamento, de forma geral, auxilia a manter a musculatura ativa. “Ele tem o objetivo alongar e encurtar o músculo, auxiliando no fluxo sanguíneo e melhorando, principalmente, a flexibilidade. Então é uma atividade física que auxilia a questão postural e a manter hormônios como endorfina sendo produzidos em nosso corpo, trazendo bem estar”, afirma.
De acordo com Daniel, o perigo do home office é tornar o indivíduo ainda mais sedentário. “No escritório da empresa, essa pessoa levantaria para pegar um papel ou para atender alguém, por exemplo. Em casa, a cadeira pode não ser adequada e a mesa pode não ter a altura correta, por exemplo, gerando vários transtornos musculoesqueléticos e contraturas, o que, no futuro, pode ser um problema”, explica.
O coordenador explica que é ideal que o indivíduo, antes de sentar para iniciar um longo período de trabalho, faça um alongamento de 5 a 10 minutos, lembrando sempre de, a cada 30 ou 40 minutos, levantar e realizar mais alguns minutos do exercício.
“Apesar de não ser muito tempo, a pessoa que conseguir manter essa rotina vai conseguir sair um pouco do sedentarismo que o home office impõe. Se colocar em atividade é o ideal, lembrando sempre das paradas para se movimentar, se hidratar e manter o corpo ativo para evitar possíveis lesões”, orienta.
Daniel defende que todas as faixas etárias devem investir no alongamento, afinal, quando o alongamento é tido como uma rotina, ele ajuda a musculatura a se precaver contra qualquer lesão. “Qualquer pessoa pode se alongar, independente da idade, mas, em casos mais extremos, ou por causa de patologias musculoesqueléticas e neurais, se faz necessário o acompanhamento por um profissional da educação física, ou, até mesmo, no caso do alongamento, por um fisioterapeuta”, aconselha.
Para finalizar, o professor explica que, na hora do alongamento, devemos dar atenção especial a alguns músculos. “Devemos alongar bastante o pescoço e as costas. É interessante colocar as costas no chão e fazer alongamentos rotacionais, que coloquem a musculatura em alongamento por um período e mantenha a flexibilidade e a elasticidade muscular. Claro, não podemos esquecer os outros músculos, que também são importantes, como os dos membros superiores e inferiores”, finaliza Daniel Pestana, coordenador de Fisioterapia e Educação Física da UNINASSAU Maceió.
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