
Nesta terça-feira (18) celebra-se o Dia do Estagiário. Apesar dos diversos “memes” na internet colocando a culpa de inúmeros problemas nos estagiários, eles são fundamentais nas empresas que integram, além de terem a oportunidade de assimilar a teoria de sala de aula com a prática do mercado, o que torna o estágio tão atraente para os estudantes. Para ajudar os interessados em estagiar, a professora de Psicologia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió, Sabine Heumann, que é especialista em Gestão de Pessoas, destaca algumas qualidades que definem o bom estagiário.
“Hoje em dia está muito relacionado às competências técnicas, ou seja, saber fazer aquilo que é preciso desenvolver no dia a dia. No entanto, as competências comportamentais estão cada vez mais valorizadas, ainda mais para o estagiário, pois como ele não possui muito conhecimento técnico por ainda estar em formação, as competências comportamentais são as que fazem mais diferença”, explica Sabine, que é docente da disciplina de Desenvolvimento Pessoal e Trabalhabilidade.
Segundo a especialista, entram nas competências comportamentais a comunicação, flexibilidade, inteligência emocional e saber lidar com situações diferentes, por exemplo. “Outro ponto importante é que, no estágio, quando se trata de alguém que está na faculdade, existe uma expectativa de que essa pessoa traga uma outra visão que possa contribuir com a inovação da empresa. Então, se o estagiário consegue trazer um olhar diferenciado e compartilhar alguma ideia de algo que ele vê na faculdade e que pode trazer melhorias para a empresa, com certeza ele vai se destacar”, salienta Sabine.
Elaboração de currículo
Sobre a preparação do currículo, principalmente na busca pela primeira oportunidade de estágio, a professora orienta que os estudantes busquem bons modelos, organizem as informações cuidem da formatação do currículo de forma que as informações sejam encontradas com facilidade. “O que vale destacar é que vejo muitos alunos preocupados com o fato de terem pouco conteúdo para colocar no currículo, por não ter experiência profissional. Isso, na verdade, não é um problema”, afirma a docente da UNINASSAU.
“O importante nessas situações é buscar outras coisas que podem servir como experiências, mesmo que não seja uma experiência profissional formal. Por exemplo, ser líder de turma, realizar algum trabalho voluntário, participar de algum grupo de pesquisa ou estudos. Essas informações, mesmo que não sejam experiências formais de trabalho, são uma solução para quem está buscando a primeira experiência”, recomenda.
Por fim, Sabine lembra que o aluno focado apenas em frequentar as aulas da faculdade e cumprir as horas de estágio obrigatório não está fazendo o suficiente para se destacar no momento atual. “É necessário buscar outras coisas, como cursos, participar de projetos de iniciação científica, grupos de estudos, ligas acadêmicas, trabalho voluntário, organização de eventos, entre outras atividades, afinal, isso conta muito no início da carreira" explica.
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