
Por Aline Boone
Conhecido como Março Amarelo, esse mês é marcado pela conscientização sobre a endometriose, condição ginecológica que afeta diversas mulheres no mundo todo. O objetivo é promover o conhecimento, romper mitos e oferecer suporte a quem convive com a doença. Ela ainda é uma patologia pouco discutida e impacta não apenas a saúde física, mas também a emocional e a social.
De acordo com professora do curso de Fisioterapia da UNINASSAU Cacoal e fisioterapeuta pélvica, Gislaine Sales, a endometriose ocorre quando o tecido que normalmente reveste o interior do útero cresce fora dele. Ou seja, em outros órgãos da região pélvica, como intestino e bexiga. Isso pode causar dores intensas, especialmente durante a menstruação, além de outros sintomas, como dificuldade para engravidar e incômodos durante o sexo.” Esse tecido sai e ‘gruda’ na parte externa do canal. Por ser uma condição inflamatória crônica, pode crescer e apresentar dor”, explica.
O diagnóstico precoce da endometriose é essencial para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida das mulheres que convivem com a doença. No entanto, ele pode ser desafiador, pois muitos dos sintomas são confundidos com os de outras condições, como cólicas menstruais comuns ou síndrome dos ovários policísticos.
"O diagnóstico se dá por uma avaliação clínica médica dos sintomas juntamente com exames de imagem com preparos específicos, como ressonância da pelve. Em casos mais graves, a cirurgia, como laparotomia exploratória, é uma opção para verificar os focos e a retirada”, destaca a profissional.
Ainda de acordo com a fisioterapeuta, é importante ficar alerta, pois há casos em que a endometriose não apresenta sintomas. “Algumas mulheres com infertilidade já se encaixam se não houver um motivo evidente. Por isso, é fundamental investigar junto a um profissional de saúde”, acrescenta.
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