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Enfermagem: a arte de cuidar e tratar feridas

Descubra o que faz um enfermeiro no exercício da sua função
Rebeca Ângelis Por: 11/05/2018 - 15:42 - Atualizado em: 11/05/2018 - 16:29
Enfermagem: a arte de cuidar e tratar feridas
Enfermagem: a arte de cuidar e tratar feridas

Cuidar. Palavra que tem origem no latim e pode ser definida como dar atenção a algo, atentar-se, reparar corpo, mente e espírito. Na Enfermagem, o significado tem um sentido mais amplo. É vista como a arte que trata o bem-estar dos seres humanos e, por tratar-se disso, a função é atribuída a quem tem vocação em fazer o bem ao próximo, no tratamento de doenças ou de atenção relacionada à saúde.

Como tudo começou

Toda essa prática começou com o tratamento de feridas, quando Florence Nightingale e Gabi Marley foram precursoras, no século XIX, ao cuidar de soldados lesionados, durante a guerra da Crimeia. No Brasil, a assistência chega com Anna Justina Ferreira Nery, mais conhecida como Anna Nery, acolhendo pacientes enfermos e promovendo o tratamento de lesões.

De lá até os tempos atuais, a área ganhou mais adeptos, e o desempenho foi cada vez mais aprimorado. Hoje, de acordo com a resolução nº 0501/2015, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), entre os variados papéis importantes, o enfermeiro exerce um grande protagonismo no tratamento e cuidado de feridas, em prol da saúde.

Pensando nisso e em homenagem ao Dia do Profissional de Enfermagem, celebrado nesta sexta-feira (11), reunimos alguns aspectos importantes acerca do papel que o este profissional exerce no cuidar, em relação ao tratamento de feridas. Confira!

Mas afinal, o que é uma ferida? 

Ferida ou lesão é quando alguma camada da pele passa por ruptura, em maior ou menor extensão, causada por fator externo ou interno, provocando assim uma inflamação cutânea. Dependendo de quais camadas uma ferida atinge, ela pode ser apenas superficial ou pode ser profunda. Entre duas características, podem ser definidas por:

  • Agudas - Consiste nas feridas mais recentes, que formam fissuras mais superficiais na pele (epiderme e derme). Geralmente, são causadas por fatores externos, como traumas físicos, químicos ou biológicos, ou ainda por inflamações de incisões (cortes) cirúrgicas. A exemplo de um corte no pé, um machucado no braço, etc.
  • Crônicas - É quando o nível da lesão atinge uma camada mais profunda da pele, fator que retarda sua regeneração. Normalmente, nesse caso, as feridas são causadas fatores internos como infecções ou doenças vasculares ou metabólicas, ou ainda falta de cuidados específicos. Por exemplo, uma escara- que é quando se formam úlceras profundas na pele, em razão do indivíduo passar muito tempo numa mesma posição, impedido que a área afetada “respire”.

Em ambos os casos, o profissional de Enfermagem identifica o diagnóstico junto à equipe multidisciplinar e atua no acompanhamento, utilizando o tratamento devido.

Enfermagem como arte de promover a cicatrização

De acordo com a Sociedade Brasileira de Enfermagem em Dermatologia (SOBEND) e Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST), cabe ao Enfermeiro acompanhar a prática de cuidados com pacientes que possuam feridas crônicas, a exemplo de funções como:

-Realizar curativos de feridas e seus variados estágios (os mais avançados, com especialização na área);

-Fazer uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas, máscaras, jaleco, sapato fechado, etc;

- Utilização de materiais, equipamentos e medicamentos que venham a ser aprovados pela Anvisa para a prevenção e cuidado às feridas;

- Executar os cuidados de enfermagem para os procedimentos de maior complexidade técnica e aqueles que exijam tomada de decisão imediata;

-Coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção e cuidado às feridas, etc.

Os principais desafios da enfermagem no tratamento de lesões

Como toda e qualquer esfera da saúde, ser um enfermeiro requer, sobretudo, dedicação e muita vontade de exercer o que faz. Isso porque os desafios em promover o sucesso terapêutico dos pacientes são constantes, bem como amenizar, na maioria das vezes, o processo de dor ou complicações dele. Em alguns momentos será complexo entender a profundidade, a dor e até convencer o indivíduo sobre determinados cuidados.

Nesse sentido, cuidar da saúde na enfermagem é, além de tudo, poder acolher, estar junto, abraçar, estender as mãos, se permitir ser e se colocar no lugar do paciente para ajudá-lo. A atenção retoma a significância da palavra cuidado, de cautela, precaução, inquietação de espírito, diligência, desvelo.

E traz à tona a essência: para produzir relações de cuidado, seja no hospital, seja na comunidade, faz-se necessário estar e ser presente! Importar-se com o outro! Ser profissional e ser humano.

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