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Em Salvador e RMS, itens têm inflação maior que o Brasil

Dados recentes do IBGE apontam produtos e serviços cuja inflação acumulada de novembro de 2021 foi maior na capital baiana e região metropolitana em comparação ao resto do país
Assessoria de Comunicação Por: 21/12/2021 - 15:07
Por Rafael Lopes 
 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE) divulgou nos últimos dias o acumulado da inflação de alguns produtos e serviços em Salvador e Região Metropolitana (RMS). Os dados são impressionantes por apresentarem um aumento expressivo em comparação ao Brasil. A inflação geral do mês na capital baiana e RMS foi de +1,42%, enquanto o Brasil apresentou o índice abaixo (+0,95%). 
 
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), utilizado pelo IBGE, os itens que mais puxaram para cima foram gasolina (+10,80%), energia elétrica residencial (+2,29%), etanol (+14,50%), condomínio (+2,37%) e o tomate (+12,69%).  
 
Para a economista, mestre em administração e professora da UNINASSAU Salvador, Claudia Lessa, há várias causas para o aumento da inflação. “Um dos motivos é que o governo gasta mais do que arrecada. Assim, a população perde o seu poder de compra com o aumento demasiado dos preços. Quando há a queda no consumo, consequentemente, há a redução de venda das empresas, gerando diminuição nos investimentos e impactos negativos no país”, aponta. 
 
De acordo com a especialista, é necessária uma melhor gestão dos recursos orçamentários para viabilizar a solução de problemas socioeconômicos e avançar com vistas a um crescimento mais elevado. “Vale observar que as maiores tendências de crescimento foram observadas nas RMs de Salvador (0,031), Goiânia (0,024) e João Pessoa (0,019)”, acrescenta. 
 
Os dados também apresentam itens cuja inflação puxou para baixo: perfume (-10,40%), pão francês (-4,62%), passagem aérea (-7,83%), lanche fora de casa (-2,83%) e carne-seca e de sol (-2,64%). Em momentos incertos, produtos com valores mais abaixo no mercado podem soar como oportunidade para o amplo consumo, mas é exatamente o que não deve ser feito pela população, conforme aponta a especialista. 
 
“Tem de ser feito o incentivo ao consumo consciente, além do estímulo a combater o excesso dos gastos. Infelizmente, no nosso país, campanhas contra o consumo em excesso não são praticadas em momentos como este, gerando, na maioria das vezes, o endividamento. Há muitas incertezas com o crescimento baixo e desemprego mais alto. É o momento de agir com cautela”, completa a economista, que ainda dá dicas para o consumo nos dias que antecedem os festejos natalinos. 
 
“O consumo das famílias às vésperas do Natal é algo preocupante pois o grande temor é a compra por compulsão e o endividamento futuro. Nesse sentido, a melhor dica é pesquisar, pesquisar e pesquisar e nunca gastar além do que o 'bolso' permite. Estamos na era das 'lembrancinhas', do amigo secreto entre a família para evitar ter que comprar muitos presentes. Temos que estar sempre atentos ao futuro, que é muito duvidoso, no atual cenário”, conclui. 

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