Por Cecília Vieira
Assim como os humanos, os pets também sentem os impactos dos dias mais quentes. Os tutores precisam estar atentos e desenvolver algumas estratégias para minimizar esses efeitos, preservando a saúde dos animais. Mantê-los em locais arejados, sombreados e sempre deixar o bebedouro cheio com água gelada, de preferência, são algumas medidas que contribuem
para o bem-estar deles.
Por meio do suor, a temperatura corporal é equilibrada e há a eliminação de fluidos e toxinas do organismo, no entanto, os animais não transpiram como os humanos. No caso deles, a perda de calor ocorre no ato de "arfar" - eles ofegam de forma constante e rápida e assim se tem a dissipação dos fluidos pelo focinho, ou seja, quando o focinho está frio e úmido significa que eles estão suando.
De acordo com a médica veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da UNINASSAU, campus Graças, Priscila Leite, é importante considerar este sinal para perceber o conforto ou desconforto térmico dos bichos. "Além disto, mantê-los em locais ventilados, escolher um horário em que o sol está mais ameno quando for realizar os passeios, e ter atenção quanto a hidratação deles é fundamental. Para as pessoas que costumam levar os seus pets à praia ou aos parques, essa atenção deve ser redobrada, não devem deixá-los expostos de forma constante ao sol, e também precisam ter cuidado com os coxins, as 'almofadinhas das patas', que são sensíveis e podem sofrer queimaduras", orienta.
Ainda segundo a veterinária, o calor pode gerar mal-estar e algumas raças possuem uma maior predisposição. "Animais que têm o focinho curto, chamados braquicéfalicos, são os mais suscetíveis porque essa anatomia do focinho permite que o ar quente seja aspirado rapidamente e o sistema respiratório deles não dissipa o calor. Dentre os sintomas que servem de alerta para que o indivíduo reconheça que o seu pet não está bem estão o aumento exacerbado do ritmo respiratório, dificuldade respiratória, cianose (cor azulada/acinzentada principalmente na língua), prostração ou ainda resistência ao esforço. É importante salientar que nesses casos, o animal deve ser levado imediatamente ao consultório veterinário", explica.
Confira algumas dicas e cuidados:
- Se o tutor for levar o seu animal para passear, deve-se optar pelos horários em que o sol está mais ameno, como antes das 8h e após às 16h;
- uso de protetor solar específico para os pets (o uso de protetor solar humano é proibido por possibilitar intoxicações);
- checar se o animal tem água o suficiente (pode-se acrescentar cubos de gelo na água);
- fornecer aperitivos ricos em água também contribuem com a hidratação;
- sempre manter o animal em locais arejados;
- no caso dos animais que possuem muita pelagem, pode-se diminuir esses pelos por meio das tosas para aliviar o calor.
Comentários