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Dia do milho: nutricionista esclarece mitos sobre o cereal

Professora de Nutrição da UNINASSAU Maceió, Júlia Guimarães, explica que o segredo é evitar os excessos
Assessoria de Comunicação Por: Breno Leal 23/04/2020 - 19:42
Imagem mostra espigas de milho
Em 24 de abril é comemorado o Dia Internacional do Milho, um dos cereais mais nutritivos do mundo. De acordo com a Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos, em uma porção de 100 gramas de milho, 80% da composição é de carboidrato. De acordo com Júlia Guimarães, professora do curso de Nutrição da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió, o milho é um alimento fonte de energia.
 
“Ele tem uma quantidade de carboidratos alta, atuando como um alimento energético. Aqui no Nordeste, o milho é um coringa na cozinha. Ele também é de fácil acessibilidade e está presente em diversas receitas típicas da região”, pontua Júlia.
 
Muita gente acha que pessoas hipertensas e diabéticas não podem consumir o milho. Porém, de acordo com a especialista, isso é mito. “Existe esse tabu. Mas, na verdade, vai depender da preparação, temos que ter cuidado com os excessos. O paciente diabético, por exemplo, tem que ter cuidado para não consumir em excesso. Já o hipertenso, adicionar menos sal na hora do preparo. E, claro, isso também depende da alimentação como um todo, analisando todas as refeições do dia”, explica.
 
Segundo a professora, não é possível dar uma recomendação de quantidade indicada para o consumo, pois varia muito de uma pessoa para outra. Porém, de maneira geral, ninguém precisa deixar de comer milho, a não ser que existam excessos e o preparo seja muito gorduroso ou com muito sal. Nesses casos, ele deve ser evitado por pessoas com algumas doenças específicas ou até mesmo pelo excesso calórico.
 
Cuscuz
 
O cuscuz é um prato muito querido pelos nordestinos, presente nas mesas quase diariamente, do café da manhã ao jantar. “É um alimento que tem uma quantidade de carboidrato alta e o índice glicêmico também elevado, porém, não é isso que determina que seja um vilão. Ao contrário do que muita gente acha, o cuscuz pode ser consumido pela população diabética e hipertensa. E, para saber a recomendação de quantidade de ingestão diária, deve-se procurar um nutricionista”, recomenda.
 
“O cuscuz foi – e ainda é – muito crucificado. Mas isso não tem necessidade. Uma ideia interessante é adicionar ao cuscuz uma proteína. É uma forma de aumentar a saciedade e diminuir um pouco a carga glicêmica da refeição, ou seja, você pode consumir o cuscuz com ovo, leite, frango ou com carne. Mas, lembrando que linguiça e mortadela, por exemplo, não são proteínas. São alimentos ultraprocessados, com um nível de sódio muito alto, que não fazem bem para a grande maioria da população”, observa Júlia.
 
Para finalizar, a professora da UNINASSAU Maceió tranquiliza as pessoas que gostam de consumir o cuscuz, queridinho dos nordestinos. “É possível, sim, emagrecer mantendo o cuscuz na alimentação. E, para saber de forma individualizada a quantidade ideal para você, procure um nutricionista”, finaliza Júlia Guimarães.

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