
O novo coronavírus, o COVID – 19, vem assombrando a população mundial. Em Sergipe há quatro casos suspeitos, mas é preciso saber separar o que é verdade do que é mito. A doença pode ser confundida com gripe comum ou H1N1, sendo importante a realização dos exames específicos. No sentido de contribuir socialmente com a comunidade, a UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Aracaju oferece orientações sobre a doença.
“Um novo agente foi descoberto em 2019, mas a realidade é que os primeiros vírus relacionados a doença foram isolados em 1937. Esse nome foi dado porque, ao ser analisado, o vírus apresentou forma esférica (corona significa coroa)”, informa a professora do curso de Enfermagem da UNINASSAU, Julian Katrin.
Ela explicou que os agentes mais comuns são o alpha coronavirus 229 E e o NL 63 e o beta coronavirus OC 43. Os sintomas mais comuns causados por ele são coriza, tosse, dificuldade respiratória e febre. “A prevenção se faz através da higienização das mãos, evitando contato com pessoas doentes, uso da prática de ‘etiqueta da tosse’ (não proteger a tosse com as mãos), entre outros”, alerta.
Ela observa ainda que é fundamental evitar tocar os olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. “A máscara comum deve ser utilizada apenas por doentes e profissionais da saúde”, esclarece Julian. Sobre o tratamento, ela afirma que é inespecífico. “Deve-se tratar os sinais e sintomas, não há tratamento específico. A transmissão se dá por contato e por gotícula”, explicou.
Julian adverte que é necessário evitar contato próximo com pessoas doentes, mantendo sempre uma distância de aproximadamente 2m. “Não é indicado compartilhar objetos com pessoas doentes, já que pode haver transmissão do vírus por contato com secreções orais e de nasofaringe (coriza, saliva)”, esclarece.
Fake News
Sobre os mitos e as diversas informações desencontradas a respeito da doença, ela afirma que boa parte é falsa. “O Ministério da Saúde diz que não há nenhuma evidência que, por exemplo, produtos enviados da China para o Brasil tragam o novo coronavírus”.
Ela também certifica que ainda não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo vírus. Sobre a informação de que o coronavírus tenha ligação com o HIV, ela desmente. “Não existe nenhum registro científico indicando que há inserções semelhantes ao vírus HIV no novo coronavírus e, muito menos, que o vírus foi criado em laboratório”, ressalta.
Segundo ela, o novo coronavírus não causa pneumonia de maneira imediata. “O que podemos assegurar é que, até o momento, não há nenhum medicamento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo vírus”, conclui Julian.
Comentários