
por Millena Araujo
Os animais de estimação são considerados por muitos como membros da família. O mesmo vínculo de amor, apego, cuidado, proteção e carinho que os seres humanos sentem entre si, também pode ser sentido por quem é tutor de um pet. Por causa disso, a partida dos pets é um momento de luto, mas também um processo que pode ser visto como “sofrimento sem sentido” por algumas pessoas.
Para a psicóloga, neuropsicopedagoga e coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Paulista, Márcia Karine Monteiro, a pessoa em luto precisa de acolhimento. “Nem todo mundo vai entender esse momento e muitos podem ter a sua dor ridicularizada, mas isso só torna o sofrimento pela perda ainda maior. Se alguém está triste há bastante tempo com a partida do seu animal de estimação, é bom procurar um psicólogo e fazer psicoterapia para lidar com essa angústia”, conta.
Acolher, escutar, respeita a dor e o tempo de luto da pessoa, incentivar pensar nos bons momentos que passaram juntos e reconhecer que deu e recebeu amor por esse animal são algumas das dicas dadas pela psicóloga. “Não é bom ouvir nesse momento que a pessoa deve parar de sofrer ou sugerir a adoção de outro animal como forma de substituição e remendo da dor. Uma pessoa não pode ser substituída por outra. Logo, um pet por outro também não. É importante olhar para dentro e aprender a lidar e superar essa fase de perda”, esclarece Márcia Karine.
Caso conheça alguém que está passando por esse momento difícil, seja gentil e indique a procura por um psicólogo. Cada um sente a dor de uma forma diferente.
Comentários