Por João Milton
Devido à atratividade e facilidade de manuseio, os brinquedos de construção e encaixe são os favoritos das crianças. No entanto, por possuírem peças pequenas removíveis, há o risco de asfixia, especialmente em menores de 3 anos, que têm o hábito de colocar objetos na boca. Esse perigo é uma preocupação constante para pais ou responsáveis.
Para garantir a segurança dos pequenos, é aconselhável optar por brinquedos com peças fixas, resistentes ou de tamanho grande o suficiente para não serem engolidas. Ao escolher bonecos de pano, pelúcia ou plástico, é preciso verificar se não possuem olhos ou botões facilmente removíveis.
Em caso de engasgo, é crucial reconhecer, o mais rápido possível, os sinais que indicam a gravidade da situação. “Se a criança estiver tossindo eficazmente, é provável que suas vias respiratórias estejam parcialmente abertas e ela esteja tentando expelir um objeto sozinha. Nesse contexto, é indicado incentivar a tosse e monitorar o pequeno de perto. Se ele não consegue tossir ou manifesta sinais de obstrução severa das vias aéreas, como incapacidade de falar, respiração ruidosa ou alterada e mudança na coloração do rosto, pode ser necessário realizar a Manobra de Heimlich”, explica Adrian Araújo, coordenadora dos cursos de Enfermagem e Gestão Hospitalar da UNINASSAU Digital.
Para realizar essa Manobra, posicione-se atrás da criança e incline-a suavemente para frente. Coloque seu punho, com o polegar voltado para dentro, entre o umbigo e a região do peito dela. Utilizando a outra mão, segure o punho e aplique pressão rapidamente para dentro e para cima, em direção à cabeça da criança. Repita o movimento diversas vezes até que o objeto seja expelido ou a respiração seja restabelecida.
“Mesmo que o objeto seja eliminado e a criança aparente estar bem, é aconselhável buscar orientação médica. Sintomas como dificuldade persistente para respirar, dor no peito, tosse constante, mudança na voz, alteração na coloração da pele (especialmente azulada), desmaio ou perda de consciência indicam a necessidade de assistência médica imediata”, conclui a especialista.
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