Com a pandemia de Covid-19, obrigando os governos a executarem medidas extremas de isolamento social, como o fechamento do comércio, praias, shows, para conter qualquer tipo de aglomeração, não só a saúde foi afetada, como também a economia. Esses fatores contribuíram para o aumento do desemprego, obrigando muitas famílias a conter suas despesas. Mas como equilibrar e administrar o orçamento doméstico? A contadora da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Salvador, Cecília Emília Queiroz, dá dicas de como administrar o orçamento nesse momento de incertezas.
Segundo dados da pesquisa do endividamento e inadimplência do consumidor (PEIC), em 2020, 63,8% das famílias brasileiras estão endividados, esse número ultrapassou a porcentagem do ano de 2019, que era de 58,2%. “Precisamos entender que, o cenário é de crise, e deve-se rever o orçamento doméstico com cautela, respeitando que esse momento é de reorganizar, listar os gastos é o primeiro passo”, disse a contadora.
Cecília revela que o desequilíbrio do orçamento doméstico é fruto da falta de compreensão efetiva do impacto dos gastos nas nossas vidas. “Estamos em isolamento social então o consumo em casa aumentou de fato, mas ainda assim, a economia deve prevalecer. Somar toda a receita, diminuir as despesas e analisar o resultado. Se for positivo, está no caminho certo, se nulo se atentar, se negativo revisitar e tentar aumentar a receita, se não for possível, diminuir as despesas”, explicou.
Para a contadora, não existe formula mágica para encontrar o equilíbrio nas contas domésticas. “Mapear os gastos se fixos ou variáveis, os fixos como aluguel, prestação de carro, internet, por exemplo, são aqueles que quase não sofrem mudança no valor final. Já as variáveis como alimentação, água, energia, são despesas que podem ser revistas e diminuídas, mesmo com todos os moradores em casa. Toda essa análise é necessária para entender quais os gastos não essenciais você precisará eliminar”, citou.
A contadora ainda descreve mudanças de comportamentos durante o isolamento social. “Muitas pessoas aproveitaram esse momento em casa e entraram na campanha do ‘faça vocês mesmo’, e essas ações trouxeram também uma redução nesses gastos, como ao invés de pedir uma pizza, prepara a própria pizza e entre outras. O ideal é entender a sua real necessidade de consumo de cada produto e/ou serviço, para uma melhor educação financeira, até porque ninguém gosta de ficar no vermelho”, concluiu.
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