Por Ricardo Mousinho.
No início deste ano, Érica Leal, uma menina de apenas 12 anos, foi revelada nas redes sociais por dar aulas a cerca de 23 crianças em um assentamento localizado na cidade de Coelho Neto - MA. Pela realidade difícil da localidade, todos os materiais utilizados foram recolhidos de lixão e outros por doações, desde restos de lápis a móveis velhos. Cumprindo o papel como agente da transformação social, a UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina realiza um drive-thru para coleta de alimentos não-perecíveis que serão doados para o assentamento. A atividade acontece no dia 12 de junho, a partir das 08h.
A reitora do Centro Universitário, Prof.ª Drª. Roselane Pierot, comenta que a ação faz parte de um projeto muito maior para ajudar a comunidade da Escolinha da Esperança. Além das doações, algumas atividades serão desenvolvidas na localidade, como atendimento jurídico, odontológico, aferição de pressão e avaliação por enfermeiros.
“Estamos empenhados em proporcionar serviços que a comunidade esteja carente. Juntamente à unidade de São Luís, vamos fortalecer o projeto ofertando serviços na área jurídica e de saúde, complementando com a entrega de alimentos doados no drive-thru que realizaremos durante o dia 12 de junho, no anexo administrativo da nossa unidade. Então, convido a comunidade e todos os nossos alunos a participarem desse projeto conosco. Estamos recebendo alimentos não-perecíveis, produtos de higiene e de limpeza, além de livros”, explica Roselane.
A arrecadação dos alimentos será realizada das 8h às 12h e das 14h às 17h, no estacionamento do anexo administrativo da unidade, localizado na Rua Tabelião José Basílio, nº 630. Em razão dos protocolos de segurança na prevenção contra a Covid-19, todas as entregas serão feitas com o contato mínimo entre os funcionários e visitantes.
Menina Érica
Érica Leal é uma criança de 12 anos que mora com a mãe e a irmã em uma localidade da cidade de Coelho Neto, no Maranhão, cerca de 140 km de Teresina. Desde o início da pandemia, e prejudicados pela indisponibilidade do ensino remoto, Érica reuniu 23 crianças de 12 famílias do assentamento para estudarem juntas.
Apesar de toda a dificuldade do local e da vulnerabilidade da comunidade, ela se dedica a ensinar as crianças da vila com mobiliário e materiais escolares doados e encontrados em despejos, promovendo aprendizado na Escola da Esperança, nome carinhosamente dado por ela e os amigos.
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