
por Luiza Fruet
Em 4 de janeiro, é comemorado o Dia Mundial do Braille. O sistema foi criado em 1825 pelo francês Louis Braille e se tornou universal, possibilitando que as pessoas com deficiência visual de todos os países consigam escrever e ler. A inclusão social permite que elas possam estudar, adquirir conhecimento e se tornar escritores ou compositores, por exemplo. É o caso do cantor Andrea Bocelli, que nasceu com um glaucoma congênito que o deixou parcialmente cego e anos depois foi acertado na cabeça durante uma partida de futebol, ficando completamente sem visão. Mas nem isso o impossibilitou de se formar em Direito e, em seguida, seguir a carreira musical.
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a adotar o sistema que é composto por 63 símbolos em relevo. Letras, números, sinais de pontuação e símbolos musicais são representados por até seis pontos que podem ser organizados em duas colunas, que recebem, no máximo, três pontos cada. Há escritores que contabilizam os espaços entre os pontos como um símbolo. Portanto, em algumas situações, a afirmação será de que o Braille é formado por 64. A leitura é feita da esquerda para a direita ao toque de uma ou duas mãos.
“O Braille tornou possível a inserção das pessoas com deficiência visual na sociedade, nas instituições de ensino e no mercado de trabalho. É por isso que precisamos de mais profissionais que saibam ensinar e educá-los em relação ao sistema, não é um processo simples. Essa alfabetização é diferente da que conhecemos e seu material impresso é mais caro por ser pesado e de difícil manuseio. É importante reforçar o debate social sobre os direitos desse grupo”, afirma Marcia Elizabete da Silva, professora de Pedagogia da UNINASSAU Recife.
O Instituto Benjamin Constant (IBC) e a Fundação Dorina Nowill são alguns dos espaços que oferecem atendimento e programas de capacitação para pessoas cegas e com baixa visão. Além deles, há cursos virtuais para as pessoas que enxergam e desejam aprender o Braille para se comunicarem por meio do sistema com as pessoas com deficiência visual.
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