A amamentação é uma das experiências mais incríveis da maternidade, capaz de, ao mesmo tempo, nutrir e criar laços entre a mãe e o bebê. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é alimentar a criança com leite materno até os dois anos, sendo os seis primeiros meses de forma exclusiva com ele. No “Agosto Dourado”, mês de incentivo ao aleitamento materno, a Faculdade UNINASSAU Petrolina alerta para a importância do ato.
Enzimas, anticorpos, hormônios, nutrientes – como proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas – e micronutrientes estão presentes no leite. A enfermeira e coordenadora do curso de Enfermagem da Instituição, Ana Paula Andrade, frisa que o aleitamento é capaz de reduzir a mortalidade infantil.
“O leite materno tem tudo que o bebê precisa até os seis meses de idade. Os benefícios são inúmeros: diminui as cólicas, aumenta a imunidade, protege das alergias, reduz o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta; além de diminuir em até 13% a mortalidade em crianças menores de 5 anos”, explica.
As mães também são beneficiadas com a amamentação. “Esse processo favorece o emagrecimento, porque, na produção do leite, gasta-se mais calorias do que o normal. Também previne o câncer de mama e de ovário e ajuda o útero a voltar ao tamanho normal”, destaca.
Mas, no momento da mãe e do bebê, também existem as dificuldades. Fissura na mama, dor, leite “empedrado”, pouco leite e hiperlactação são alguns dos desafios iniciais. “É importante posicionar o bebê corretamente, de frente para a mãe, barriga com barriga. Para a ‘pega’ correta, é preciso que o queixo toque o seio e o nariz fique livre para respirar, além de a aréola ficar toda dentro da boca do bebê, não somente o mamilo”, orienta Ana Paula.
Para aquelas que sofrem com leite “empedrado” por conta da hiperlactação a dica é esvaziar o seio. Uma boa alternativa é a doação do leite materno. “Cada 300ml de leite materno humano atende até dez recém-nascidos por dia”, informa. Para tentar minimizar ou até eliminar tais dificuldades, é importante que a mulher, ainda na gestação, busque por orientações com profissionais da saúde.
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