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Alimentação, depressão e saúde mental: nutricionista dá dicas

São mais de onze milhões de brasileiros diagnosticados com a doença, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde
Assessoria de Comunicação Por: Berg Braga 26/05/2021 - 08:00 - Atualizado em: 26/05/2021 - 09:00
Caracterizados por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamentos anormais, os transtornos mentais trazem impactos significativos sobre o contexto da saúde (bem-estar físico, mental e social) dos indivíduos acometidos por esta desordem do sistema nervoso central. Os dados quanto à depressão e outras doenças ligadas à saúde mental mostram o quanto o cenário vem se agravando: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país das Américas com maior número de pessoas depressivas (5,8% da população). 
 
“E a origem da depressão, além de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológico, inclui inúmeros fatores relacionados ao sistema endócrino e imune, causando um estado de neuro inflamação. Sendo assim, além dos tratamentos medicamentosos e psicológicos, vale ressaltar o acompanhamento nutricional como eficazes, tanto no tratamento como na prevenção da depressão”, afirma a nutricionista e professora de cursos de saúde da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Lillian de Lucena.
 
Ainda segundo a nutricionista, a terapia nutricional potencializa a ação de alguns fármacos comumente usados no tratamento da depressão e, acima de tudo, é vista como alternativa para pacientes que não aderem ao tratamento medicamentoso devido aos inúmeros e indesejáveis efeitos colaterais.
 
Assim, demonstra-se forte relação entre deficiências nutricionais e desordens mentais. Desta forma, a nutricionista e professora elenca alguns nutrientes como essenciais para a saúde mental, uma vez que estão envolvidos na síntese de neurotransmissores como a dopamina, noradrenalina e serotonina:
 
•             Magnésio – Fontes alimentares: sementes, nozes, leguminosas, grãos de cereais moídos, vegetais de folhas verdes – escuras, leite, feijões.
•             Zinco - presentes nos alimentos como sementes, castanhas, amêndoas, cereais integrais, casca da tangerina.
•             Triptofano - pode ser encontrado no leite e seus derivados, carne de peru, requeijão, carne, peixe, banana, tâmara, amendoim e em todos os alimentos ricos em proteínas.
•             Ômega 3 – tendo os peixes, castanhas, amêndoas, nozes, sementes, beldroega como principais fontes alimentares.
•             Vitaminas do complexo B - as proteínas animais são ótimas fontes de vitamina B6 e B12, e as leguminosas, hortaliças e frutas são boas fontes de ácido fólico.
•             Vitamina D – disponível em peixes, ovos, fígado.
 
“Em linhas gerais, uma alimentação equilibrada rica em alimentos integrais, legumes e verduras, frutas, frutos do mar, carne magra, sementes e leguminosas, fornece nutrientes essenciais à manutenção de uma saúde mental. Em contrapartida, padrões alimentares ricos em açúcar e gorduras saturada e trans, com alto consumo de alimentos processados e ultra processados, uma má hidratação, o consumo de álcool e o hábito de fumar podem aumentar e estimular os sintomas de ansiedade e desordens do sistema nervoso central”, explica e conclui a profissional Lilian de Lucena.

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