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10 brasileiras que mudaram o conceito da palavra 'mulher'

Estas mulheres fizeram história ao lutar por direitos delas e de outras pessoas dentro da sociedade. Conheça um pouco destas histórias e inspire-se
Por: Paula Brasileiro 08/03/2017 - 00:00 - Atualizado em: 08/03/2017 - 07:09
Estas mulheres fizeram história e abriram caminho para que outras pudessem viver melhor
Estas mulheres fizeram história e abriram caminho para que outras pudessem viver melhor

Nas últimas décadas, as mulheres vêm, cada vez mais, assumindo papéis importantes dentro da sociedade, tornando-se protagonistas de lutas significativas e de suas próprias vidas. Algumas destas marcaram seus nomes na história do Brasil, e do mundo, abrindo o caminho para que as novas gerações pudessem usufruir de melhores condições de vida, com mais respeito e dignidade. Conheça algumas brasileiras que fizeram diferença com sua existência e seu poder feminino.

Leolinda Daltro

Leolinda Daltro é uma das precursoras do feminismo no Brasil. Em meados de 1909, a baiana separou-se do marido e saiu pelo interior do país engajada na causa indigenista. Seu propósito era integrar as populações indígenas à sociedade por meio de uma educação laica. Sua postura ousada e corajosa lhe rendeu o apelido de "mulher do diabo", que lhe perseguiu por toda vida acompanhado de outros tantos meios de ridicularizá-la. Leolinda suportou toda a hostilidade e falta de apoio e deixou seu nome marcado na história tendo fundado o partido Republicano Feminino, antes mesmo que as mulheres pudessem votar, e promovendo treinamento com armas de fogo para mulheres, entre outras iniciativas em favor da população feminina.

Celina Guimarães

A professora Celina Guimarães Viana foi a primeira mulher a votar no Brasil. Em 1928, ela fez um requerimento baseado numa lei então promulgada no Rio Grande do Norte que permitia a todos os cidadãos o exercício do voto. Ela entrou pra história, no dia 5 de abril daquele ano, sendo a primeira eleitora do país.

Dandara

Ainda menina, Dandara juntou-se ao grupo que desafiava o sistema escravista no Quilombo de Palmares. Mais tarde, casou-se com Zumbi dos Palmares e continuou na luta pela libertação de negros e negras no Brasil. participava ativamente da elaboração das estratégias de resistência e foi uma das figuras centrais na defesa do quilombo. Dandara se suicidou, em 1694, após ser presa.

Leila Diniz

A atriz Leila Diniz ficou imortalizada como símbolo da liberdade feminina no Brasil. Irreverente, espontânea e liberta de todo e qualquer tabu, Leiluska - como era chamada pelos amigos - escandalizou a sociedade brasileira, na década de 1960, com seu comportamento livre e autêntico. A artista trocava de namorados e vestia-se sem se preocupar com a opinião pública além de falar abertamente sobre qualquer assunto, por isso, acabou dando nome a uma lei de censura da ditadura militar, o Decreto Leila Diniz. Morreu precocemente, aos 27 anos, em um acidente de avião, mas deixou um legado de posicionamento e modelo de autonomia da mulher.  

Zilda Arns

A pediatra Zilda Arns conseguiu diminuir os índices de mortalidade infantil no país ao disseminar a fórmula do soro caseiro, na década de 1980. Ela fundou a pastoral da Criança, em 1983, para realizar ações de combate à desnutrição, violência e mortalidade das crianças brasileiras. Foi indicada várias vezes ao prêmio Nobel da Paz mas faleceu, em 2010, aos 75 anos, em um terremoto que cometeu o Haiti.

Maria da Penha

Maria da Penha Maia Fernandes foi vítima de violência doméstica durante anos. O ex-marido chegou a tentar matá-la por duas vezes, e, em consequência disso, ela acabou ficando presa a uma cadeira de rodas. Mas, sua luta incansável por justiça acabou beneficiando inúmeras outras mulheres violentadas como ela. Em 2006, foi estabelecida a Lei Maria da Penha, que pune as agressões contra a mulher e coloca uma série de medidas para proteger a integridade física e psicológica das vítimas de violência.

Nise da Silveira

A psiquiatra alagoana Nise da SIlveira revolucionou o tratamento de pacientes com problemas mentais em meados dos anos 1950. Terminantemente contra as técnicas normativas aplicadas à época - que costumavam ser extremamente violentas e desumanas - ela passou a cuidar dos doentes usando arte. Através da pintura, ela trouxe vários pacientes de volta ao contato com a realidade. Em 1952, ela fundou o Museu de Imagens do Inconsciente onde foram expostos vários desses trabalhos.

Justina Inês Cima

Justina Inês é uma trabalhadora rural de Quilombo, município catarinense. Ela é uma importante liderança feminina entre as trabalhadoras desta classe. Seus esforços são para garantir a elas acesso ao ensino superior. Em 1983, Justina fundou o Movimento de Mulheres Agricultoras, em Santa Catarina, atualmente ela conselheira do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Sua luta é para  defender a autonomia econômica e social das mulheres, assim como sua maior participação na vida política.

Sandra Maria

Seguindo os passos de sua mãe, sandra Maria se destaca como uma das lideranças quilombolas em Minas Gerais. Ela foi uma das fundadoras da Federação das Comunidades Quilombolas de MG e atua em função do empoderamento das mulheres negras além de garantir às comunidades quilombolas o acesso à informação e a seus direitos.

Tarsila do Amaral

Tarsila foi uma das figuras centrais da primeira fase do movimento modernista do Brasil. Pintora e desenhista, ela inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas brasileiras. Suas obras retratavam o colorido de seu país, assim como sua cultura popular e a realidade da classe operária que não tinha direitos trabalhistas chegando a trabalhar 15 horas diárias.

 

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